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Mostrando postagens de abril, 2018

"Eu, entre esquerda e direita, continuo preta"

O infeliz acontecimento do homicídio da vereadora Marielle Franco na cidade do Rio de Janeiro no último dia 14 do mês de março chocou diversos segmentos da sociedade brasileira e sensibilizou diversas personalidade e organizações no mundo todo, trazendo à luz, mais uma vez, o feroz estado de violência institucional de nossa jovem democracia. A execução sumária de pessoas que lutam a favor da justiça social é uma constante prática de proliferação do terror desde sempre em nossa formação social, e, por isso mesmo, sintomatiza nosso raquitismo democrático. Desta constatação, emerge o pavor. As inúmeras análises sociológicas que interpretam e explicam a realidade nos chamam a atenção sobre os demais elementos interseccionais que compõe este violento cenário histórico: a questão da misoginia, do racismo estrutural e cultural, das desigualdades de classe, das hostilidades e negação dos Direitos Humanos. E eu, no meu lugar e condição de mulher negra periférica, reflito sobre o legado q